SORTE nos Negócios e na Vida: Fato ou Fake? Desprezada por uns, criticada por outros, mas almejada por todos! |
Publicado em 06/04/2022 |
O excesso de racionalismo deste século parece que esfriou um pouco os corações das pessoas e
esmaeceu de certa forma o colorido da vida. Parte desta culpa deve-se a invasão da tecnologia e ao excesso de racionalidade em nossas vidas que vieram para simplificar demasiadamente as coisas, estabelecendo novos privilégios na consciência humana, onde a razão, para glória de muitos, finalmente sobrepujou a emoção para sempre. Bem, pelo menos este é o sonho de muitos maníacos por APPs que andam por aí carregados de aplicativos para resolver problemas de todos os fins.
Mas a realidade é que, de fato, esta busca incansável pela razão, este império da lógica, traz consequências muito sérias para a alma da humanidade. Afinal de contas, estão matando impunemente o Papai Noel, atropelando os versos rimados e Cordel, desprezando as cirandas, esquecendo o pique-esconde, e o que é tão ou mais desagradável ainda: estão dizendo que sorte não existe.
Racionalizar as coisas é atitude altamente intelectual, e continuará sendo intelectual até que se pretenda racionalizar o irracionalizável. Aí passa a ser pretensão sem propósito, apenas ideologia. É o caso daquelas pessoas que tentam explicar a existência ou não de Deus segundo as versões científicas do século XXI, ou então explicar “amor de mãe” por meio de fluxogramas. Certas coisas existem e pronto!
E, usando da mesma estratégia, estas mesmas pessoas tentam incorporar a sorte ao mundo da ficção. Alegam, com a mais absoluta convicção, que sorte não existe. E ainda inventam teorias primitivas como esta: sorte é estar no lugar certo e na hora certa em que as coisas vão acontecer. Ou seja, pura apologia do óbvio. Desperdício de palavras, como dezenas de outras “explicações” que existem por aí.
A definição de sorte costuma variar conforme o contexto emocional, filosófico, religioso ou místico, de quem a interpreta. Segundo o clássico dicionário Noah Webster, sorte é \"uma força sem propósito, imprevisível e incontrolável, que modela eventos de forma favorável ou não para determinado indivíduo, grupo ou causa\".
Então o que é isso?
Contra fatos, não há argumentos. Uma pessoa passa em uma casa lotérica, compra um bilhete, volta para casa e, três dias depois, descobre que o seu bilhete foi premiado. No meio de milhões bilhetes, o dele foi o sorteado. E então?
O que é isso?
É claro que qualquer pessoa razoavelmente inteligente pode explicar o fato usando uma dezena de palavras, inclusive aquelas aí em cima: “ele passou na hora certa e comprou o bilhete certo para a extração certa!”. Brilhante! Brilhante porém vazio, sem conteúdo convincente.
Quando se aposta no jogo de dados, sabe-se que cada face oferece 16,66% de chances. De acordo com a teoria das probabilidades, você deverá acertar, em média, uma vez em cada seis lançamentos. Até aqui funciona a razão. Tudo bem, ninguém discute.
Ocorre que pode acontecer de se acertar logo no primeiro lance. Quer dizer, a pessoa joga uma vez e ganha. A matemática só lhe dava 16,66% de chances, mas o acaso lhe deu os 100%. Pois é esta diferença entre o lógico e o inesperado, que eu chamo de sorte.
Responda as três perguntas que se seguem, com imparcialidade, de acordo com a primeira imagem que vem a sua mente:
1) Uma pessoa envia uma correspondência contida em uma embalagem de creme dental, nome, telefone e endereço, para um concurso de um programa de televisão. O prêmio a ser sorteado é uma BMW conversível. No domingo seguinte, três da tarde, o apresentador joga aquela montoeira de cartas para o alto e, no meio de centenas de milhares, é a carta daquele cidadão que é sorteada. Você acha que isto é sorte? Ou pode ser outra coisa qualquer?
2) O prêmio da mega sena está acumulado há cinco semanas. Uma pessoa, que não é muito chegada a jogo, resolve fazer uma aposta, só de brincadeira, e marca seis dezenas quaisquer, sem nenhuma lógica, é claro. Segunda-feira de manhã ele acorda, confere o resultado. E leva o maior susto: acertou sozinha as seis dezenas e ganhou bolada de 120 milhões! Você acha que foi sorte ou o que aconteceu com ele foi outra coisa qualquer?
3) Um cidadão vai ao Shopping Center com a esposa fazer umas compras e, na saída, vê um cartaz convidando os clientes a trocarem suas notas fiscais por cupons para concorrerem a uma viagem a Nova Iorque, com direito a acompanhante e com todas as despesas pagas. Ele então faz a troca, preenche o cupom, deposita na urna que já está cheia, e vai embora. Dois dias depois ele está em casa vendo televisão, o telefone toca e, do outro lado da linha, o gerente de promoções do Shopping dá a notícia: ele foi o sorteado. Também neste caso, você acha que foi sorte ou outra coisa qualquer?
Avaliação
Se você, depois de ter lido estes três relatos com atenção, com o mais absoluto espírito crítico, respondeu que os fatos decorrentes foram resultados de “outra coisa qualquer”, e não de sorte, trate imediatamente de tomar um banho de sal grosso. Sugiro a leitura sobre o julgamento de Galileu e verá como o “racionalismo” dos inquisidores quase acabou com as “teorias absurdamente tolas” daquele “sonhador”. Depois reflita sobre aquela frase shakespeariana que nos serve de proteção contra o excesso de ceticismo que sempre se antecipa ignorância: “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”.
Não tem nada de estranho
Muitos intelectuais, cientistas e pessoas com formação em área exata admitem que, de vez em quando, ocorrem situações extremamente favoráveis na vida e que contrariam todas as expectativas lógicas. Como ocorrem e por que ocorrem, não se sabe explicar. Mas que ocorrem, ocorrem!
É importante a reflexão a respeito deste tema — sorte — por dois motivos:
1- O racionalismo exacerbado obstrui o canal mental que nos liga ao mundo da imaginação. Acostumar-se a ver o mundo através de fluxogramas, monitores de vídeo e telas de celulares, corrompe o direito de sonhar, de ter esperanças, e até mesmo de crer na Providência Divina. E isso é o mesmo que matar a fantasia e a criatividade, fonte de todas as grandes realizações da humanidade;
2- A crença no fator sorte estabelece uma certa parceria do homem com o divino. A vida seria muito chata se pudéssemos contar somente com o próprio talento e competência para vencer os obstáculos. Seria frustrante para os não talentosos e malvado demais para os ignorantes.
Crer, portanto, que de vez em quando a sorte pode dar uma ajudazinha nos nossos planos, é altamente positivo. A mente fica viva, alegre, expectante. E isso é uma maravilha para o “espírito criativo”. O homem inteligente acredita no ponderável da mesma forma como não descarta o imponderável. Pelo menos esta é uma ordem expressa da razão.
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