FONTE: BNDES 18/09/2018 11h02
Quem é empreendedor sabe que é fundamental ter um bom planejamento financeiro e jamais descuidar do capital de giro, aquele recurso usado para as questões do cotidiano, como pagamento de salários, renovação do estoque ou compra de matéria prima. A má gestão desse valor é um dos principais motivos para a quebra de empresas no país.
Para se ter ideia, uma em cada três empresas fecha no Brasil com até dois anos de atividade, segundo pesquisa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Outro levantamento, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que entre 2013 e 2016, 341,6 mil empresas fecharam suas portas no país. O setor mais atingido foi o de serviços, responsável por 25% dos fechamentos. Por porte, 45% das baixas foram entre as microempresas (faturamento até R$ 360 mil ao ano).
Para fazer frente a essa situação, muitas instituições financeiras oferecem crédito para capital de giro. Como as taxas cobradas variam muito, a recomendação é comparar os custos da operação.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem um programa específico para o financiamento de capital de giro. Chamado BNDES Giro, tem as melhores taxas do mercado e pode ser pago em até 60 meses. É ideal para quem precisa do recurso sem que o financiamento esteja atrelado a um determinado item ou projeto.
A linha de crédito visa a atender principalmente os negócios de pequeno e médio porte, onde se incluem os com receita anual de até R$ 300 milhões. A solicitação pode ser enviada pelo Canal do Desenvolvedor MPME , no site do BNDES. Os custos financeiros da operação, assim como as taxas de risco de crédito, variam de acordo com o faturamento da empresa.
A instituição financeira credenciada, escolhida pelo cliente, pode informar sobre a documentação necessária e irá analisar a possibilidade de concessão do crédito, além de negociar as garantias do contrato. A linha conta, ainda, com possibilidade de carência, que vai de 1 a 24 meses, segundo o tipo de operação e o valor acordado.
CRESCIMENTO
Renato Nogueira Cesco, proprietário da Ellite Motors, fabricante de acessórios automotivos, localizada em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, foi um dos empresários que testaram e aprovaram o programa BNDES Giro.
"Os últimos anos foram muitos ruins economicamente, vi muitas empresas fecharam. Ter conseguido o crédito para capital de giro foi fundamental para minha empresa.
Com ele, coloquei em ordem a vida financeira do meu negócio e consegui trocar uma dívida, o que possibilitou uma redução de 28% no custo dos juros. Esse crédito para capital de giro, obtido em julho passado, via BNDES, fez toda a diferença na minha empresa", conta.
A obtenção de crédito para capital de giro na quitanda "Seu Aristides", que fica na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, também deu novo fôlego ao empreendimento. "Antes, eu pensava que o BNDES só atendia grandes clientes, que não era para micro e pequeno empresário. Mas descobri que eu estava enganado e que as condições financeiras são melhores que as oferecidas por outras instituições financeiras", afirma Eduardo Aristides, dono da quitanda cujo nome homenageia seu avô.
Com o recurso do capital de giro, Aristides deu um salto nos negócios. "Estamos conseguindo superar as dificuldades. A quitanda foi aberta em 2015, em plena crise e é claro que o encolhimento da economia teve reflexo no planejamento do negócio, mas, mesmo assim, estamos conseguindo crescer", disse.
Elvécio Pinho dos Santos, dono de duas unidades do restaurante Trem de Minas, na zona sul de São Paulo, também optou pelo programa de capital de giro do BNDES.
"Fiz a pesquisa dos custos do crédito, e as taxas que eles me ofereceram foram as melhores do mercado. Esse financiamento foi fundamental para o crescimento da minha empresa, tanto é que estou estudando um terceiro restaurante", conta Santos.
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