FONTE: O ESTADÃO
Levantamento mostra que 35,7% dos empresários acreditam que a ; em junho, o porcentual estava em 30,9%.
Pequenos empresários do setor de construção são os mais otimistas: 40% deles acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses
Os pequenos empresários brasileiros estão mais otimistas quanto ao futuro da economia e de seus negócios, mas ainda demonstram cautela em relação à contratação de novos funcionários. É isso o que indica a Sondagem Conjuntural dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae.
Realizado trimestralmente, o levantamento mostra que 35,7% dos empresários acreditam que a economia brasileira vai melhorar nos próximos 12 meses. Em junho, quando saiu a sondagem anterior, o porcentual estava em 30,9%.
Os empresários que acreditam numa piora da economia atingiram 32,4% do total neste mês, ante 36,8% em junho. Outros 30,0% apostam que a economia permanecerá como está nos próximos 12 meses, sendo que antes o porcentual era de 23,7%.
“É provável que os empresários estejam com o entendimento de que o pior da crise já passou, uma vez que foi constatado, nesta última sondagem, um porcentual maior de otimistas”, avalia o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, porém, ainda há uma parcela de empresários para quem a sensação é de que a economia apenas “parou de piorar”. A sondagem mostra que 36,6% dos pequenos empresários acreditam que, nos próximos meses, o faturamento do negócio permanecerá como está. “Este grupo não enseja uma atitude de expansão ou de investimentos. Ele será extremamente cauteloso.”
O presidente do Sebrae destaca, ao mesmo tempo, que houve melhora nos índices de otimismo em relação à economia e ao faturamento do negócio. Conforme a sondagem, 39,3% dos empresários acreditam que o faturamento vai melhorar nos próximos 12 meses, contra 22,8% que acham que ele vai piorar. Há três meses, os porcentuais eram de 33,5% e 25,1%, respectivamente.
Emprego. Principal fonte de empregos no Brasil, as empresas de menor porte ainda demonstram certa cautela em relação a contratações. Quase metade delas (48,5%) afirma que não pretende nem contratar, nem demitir nos próximos 12 meses. Em junho, o porcentual estava em 27,3%. Já a fatia de empresas que planeja contratar subiu de 12,7% para 20,9%.
Para Afif, a maior disposição para contratar, entre uma parcela das empresas, vai trazer impacto positivo para o emprego de modo geral. “Isso já está sendo observado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que são divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho. Ao tabularmos esses dados, constatamos que os pequenos negócios é que têm sustentado a geração de empregos este ano no País, diferentemente das médias e grandes empresas, que têm mais demitido do que contratado.”
Os dados mais recentes do Caged mostraram a geração líquida de 112,6 mil vagas de emprego com carteira assinada no País em 2017, até o mês de julho.
Setores. Entre os diferentes setores, os mais otimistas quanto ao futuro são os pequenos empresários da área de construção civil: 40% deles acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses. No comércio, o índice é de 33%; na indústria, de 35%; nos serviços, de 35%. Os pessimistas quanto ao futuro da economia somam 29% na construção civil, 32% no comércio, 37% na indústria e 30% nos serviços.
Para realização da sondagem, o Sebrae ouviu 2.978 empresários em todo o País, entre microempreendedores individuais (MEI) e proprietários de empresas de pequeno porte (EPP) e de microempresas (ME). A classificação da instituição indica que MEI é quem tem faturamento anual até R$ 60 mil, enquanto ME é quem fatura até R$ 360 mil. Já as EPP possuem faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões.
|