Comércio avançou em abril, após 2 meses de queda, primeira taxa positiva após 24 meses de recuos seguidos
Publicado em 13/06/2017
FONTE: O GLOBO 13/06/2017 9:04 / atualizado 13/06/2017 10:25
RIO - As vendas no varejo avançaram 1% em abril, frente a março, após dois meses de queda na comparação com o mês anterior. É o melhor resultado para o mês desde 2008. Frente a abril de 2016, houve uma alta de 1,9%. É a primeira taxa positiva na comparação anual após 24 meses seguidos de perdas. No resultado acumulado em doze meses, no entanto, o varejo ainda registra queda de 4,6%. O comércio sente os efeitos da recessão, que provoca aumento do desemprego e reduz a renda das famílias, comprometendo o consumo.
Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O resultado veio mais forte que o esperado pelo mercado. A expectativa era de que o comércio registrasse recuo de 0,7% frente a março, com projeções que variavam entre queda de 1,6% a alta de 0,9%, segundo a Bloomberg News. Na comparação com abril de 2016, o mercado projetava recuo de 1,6%, com estimativas entre recuo de 3,6% e crescimento de 0,9%.
SUPERMERCADOS PUXAM ALTA ANUAL
A primeira taxa positiva após dois anos seguidos de recuos na comparação anual é um sinal de alívio para o comércio, mas especialistas são cautelosos em dizer que é o fim das quedas no comércio. Dos oito segmentos do varejo acompanhados pelo IBGE, quatro registraram taxas positivas frente a abril de 2016, um ficou estável (móveis e eletrodomésticos) e três recuaram. O setor de hipermercados e supermercados subiu 3,5% e foi a principal influência positiva do mês. A segunda maior alta veio de tecidos, vestuário e calçados, com 10,8%, seguida por outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 3,4%.
Na comparação com março, as vendas do comércio foram puxadas pelo aumento de 0,9% do segmento de supermercados e hipermercados. Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, subiram 3,5%, enquanto equipamentos para material de escritório, informática e comunicação avançaram 10,2%.