COMEÇANDO MAIO - Brasileiro fica menos pessimista sobre a economia, diz Datafolha
Publicado em 02/05/2017
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO 02/05/2017 02h00
A expectativa de economistas ouvidos pelo BC na pesquisa Focus é que a inflação encerre o ano em 4,04%.
Apesar dessa retração, a maioria (56%) ainda espera um aumento da inflação -menos que os 66% de dezembro de 2016.
Já a porcentagem dos que acham que o poder de compra do salário será reduzido é menor: 44% dos entrevistados, ante 59% na pesquisa realizada em dezembro.
Em relação ao desemprego, que está em alta desde o começo de 2015 e fechou o trimestre encerrado em março em 13,7% da população (cerca de 14 milhões de brasileiros), o pessimismo também caiu, mas ainda é grande.
Para 57%, o mercado de trabalho vai piorar, uma queda de dez pontos sobre dezembro (quando o desemprego medido pelo IBGE era 12%). Outros 20% esperam melhora (ante 16%) e 21% acham que a situação vai permanecer como está (ante 14% na pesquisa anterior).
CONFIANÇA
As expectativas sobre cinco aspectos econômicos fazem parte do IDC (Índice Datafolha de Confiança), que incluem também uma avaliação do Brasil como lugar para viver e uma pergunta sobre orgulho ou vergonha de ser brasileiro.
No cálculo do índice, a taxa de menção negativa é subtraída da taxa de menção positiva e somam-se 100 pontos (para evitar resultados negativos quando há mais pessimismo que otimismo).
Índices abaixo de 100 mostram mais pessimismo. Em abril, o IDC foi 97, alta de dez pontos sobre dezembro.
Embora todos os indicadores econômicos tenham mostrado uma melhora nas expectativas, houve piora no sentimento dos brasileiros em relação ao país.
Entre os aspectos econômicos, o índice que revela mais otimismo com o futuro é o da própria situação econômica: 143. Quando questionados sobre o passado, porém, os resultados apenas oscilaram: 47% disseram que sua situação piorou em relação aos últimos meses (eram 50%), 12% consideram que melhorou (eram 10%), e 40%, que não mudou (eram 38%).
Embora tenham melhorado, são pessimistas -estão abaixo de 100- os índices de expectativa de poder de compra, desemprego e inflação.