BOA NOTÍCIA - Está pronto, para eventual novo Governo, pacote de crédito que injetará até R$ 500 bilhões na Economia
Publicado em 09/05/2016
FONTE: O GLOBO LA VALENTE 09/05/2016 6:00 / atualizado 09/05/2016 7:54
BRASÍLIA - A atual equipe econômica (que será substituída num eventual governo Michel Temer) deixará pronto um pacote de medidas para facilitar a renegociação de dívidas de empresas e destravar o crédito no pais. As propostas, que têm capacidade de colocar em circulação até R$ 500 bilhões, poderiam ser adotadas imediatamente, mas ficarão sobre a mesa de Henrique Meirelles, possível novo ministro da Fazenda, para que ganhem seu aval e, consequentemente, legitimidade caso assuma a pasta após a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Sem caixa para bancar estímulos para tirar a economia da recessão, a atual equipe econômica usaria novamente o crédito como arma para tentar amenizar a crise. Por isso, os técnicos desenharam mudanças em regras bancárias dos depósitos compulsórios (parte dos depósitos dos clientes que fica retida no Banco Central), de exigibilidade de capital e de provisionamento (guardar dinheiro para prevenir calote), para estimular a renegociação de dívidas de grandes empresas, investimentos de empresas estatais, financiamento de veículos e novos contratos de microcrédito.
Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, o Banco Central poderia alterar o fator de ponderação de risco em novas operações de renegociação de dívidas. E os bancos poderiam abater 100% de novos contratos dos cálculos de exigibilidade de capital. Na prática, isso liberaria capital que antes ficava preso para fazer esse tipo de financiamento.
— As mudanças beneficiam empresas bem estruturadas, mas que estão com problemas de liquidez por causa do cenário atual. A preocupação maior de todo sistema financeiro hoje em dia é o endividamento e a saúde financeira de grandes empresas. É nisso que vamos atuar — disse uma fonte da equipe econômica.
Medidas como essa não precisam de aprovação no Congresso e podem ser adotadas com atos administrativos, como circulares do Banco Central ou portaria do Ministério da Fazenda. No entanto, a equipe econômica resolveu não colocar as mudanças em prática sem o aval de Meirelles.
Na sexta-feira, o governo anunciou aumento de tributos para arcar com a correção da tabela do Imposto de Renda. No entanto, as medidas foram ridicularizadas por parlamentares que classificaram como “deprimente” o governo tentar enviar ao Congresso antigas promessas — como taxar herança — dias antes de o Senado votar o impeachment. No caso das mudanças de regras bancárias para incentivar o crédito, há expectativa de apoio da eventual nova gestão porque trata-se de recuperar empresas. Meirelles é um nome do setor produtivo e adepto do uso de medidas macroprudenciais.
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