Erros, os 7 piores, na hora de contratar um novo funcionário
Publicado em 09/08/2014
As atitudes que podem custar tempo e dinheiro tanto para a empresa como para o candidato
Fonte: O Globo
RIO — Todos cometemos erros, mas alguns deles têm consequências maiores do que outros. E quando o assunto é contratação, os erros podem ser extremamente dispendiosos, tanto para a empresa como para o candidato.
— Os responsáveis pelas contratações nas empresas cometem erros graves o tempo todo, geralmente quando se sentem pressionados a contratar com rapidez. E, como sabemos, decisões apressadas acabam terminando em péssimas contratações — afirma Mike Del Ponte, co-fundador da Soma, empresa de sistema “eco-friendly” de filtragem de água.
Felizmente, diz Del Ponte, existem maneiras fáceis de evitar os sete erros mais comuns na hora de recrutar um funcionário. Em artigo publicado pelo site Business Insider, o executivo listou quais são eles. Confira:
Erro nº1: Supervalorizar os valores culturais — Del Ponte alerta que o objetivo principal é contratar o funcionário mais competente e não o mais agradável. “Afinidade é importante, mas pode cegar os gerentes de contratação na hora de fazer uma avaliação objetiva dos candidatos”, diz ele. O ideal é criar uma tabela de pontuação para avaliar os candidatos, para que o recrutador se concentre em suas habilidades e não apenas na personalidade.
Erro nº2: Apressar o processo de contratação — Sempre há urgência no preenchimento de uma vaga aberta, mas a maioria dos erros de contratação ocorrem justamente porque não foram chamados candidatos o suficiente. Segundo Del Ponte, é preciso ser realista quanto ao tempo necessário para se escolher o profissional mais adequado à vaga. “Normalmente, necessita-se de pelo menos seis semanas para atrair e examinar um número suficiente de candidatos de alta qualidade”, ressalta.
Erro nº3: Não pedir referências suficientes — A maioria das pessoas pede referências ao gestor ou supervisor do candidato, mas é útil também para obter referências de colegas e de outras pessoas que trabalhavam com o candidato, diz Del Ponte. “Recomendo que se peça referências de sete pessoas para confirmar que o candidato se ajusta perfeitamente ao cargo e para saber como melhor apoiá-lo uma vez que ele esteja na equipe”.
Erro nº 4: Não contar com um processo de seleção formal — A falta de processo pode fazer com que a busca por candidatos se prolongue por muito tempo ou deixe que maus candidatos acabem passando por conta de brechas. “Vale criar uma comissão, mapear seu processo, e dar tempo suficiente para recrutamento, entrevistas, dinâmicas e negociação”, diz Del Ponte.
Erro nº 5: Contratações de generalistas — Muito poucos papéis exigem um profissional que entenda de tudo um pouco, mas, às vezes, é preciso contratar generalistas, especialmente se a sua empresa ainda é jovem, diz Del Ponte. Mas vai chegar um momento em que seu negócio vai crescer rapidamente e sair desta fase. Aí, aconselha, é preciso focar na contratação de especialistas, acrescenta o executivo.
Erro nº 6: Não ter clareza sobre o cargo que está sendo preenchido — Se você não tem os detalhes sobre a vaga, responsabilidades e metas que você deseja, certamente não está pronto para começar a selecionar um funcionário. “Seja claro em primeiro lugar. Certa vez, erramos em contratar alguém que era incrivelmente talentoso e realizado, mas acabou não sendo uma boa opção, pois não sabíamos exatamente o que precisávamos para a vaga. O erro nos custou tempo e dinheiro. Em uma próxima vez, encontramos o candidato perfeito porque sabíamos exatamente o que precisávamos”, completou Del Ponte.
Erro n°7: Depender dos anúncios de vagas — Fique esperto: os melhores candidatos raramente procuram por um emprego. Segundo Del Ponte, é preciso trabalhar sua rede de contatos para obter indicações de pessoas que possam atender a seus objetivos, mesmo que elas ainda não saibam que querem trabalhar para você. “Faça uma lista de pessoas que realmente possam ajudá-lo a aumentar seu grupo de candidatos”.