Café: de bebida de negócios a acompanhamento para a pausa
Publicado em 22/07/2014
Barista dá dicas quentes para escolher o melhor tipo para cada situação
Hora do café. Um tipo adequado para cada ocasião
por Ana Paula Verly
FONTE: O Globo
RIO - “Vamos tomar um café?”. O convite geralmente pressupõe algo além. Do fechamento de um negócio a um encontro com um namorado ou namorada em potencial, a bebida é a saborosa desculpa para se tratar dos mais variados assuntos. O barista Emílio Rodrigues, fundador da Casa do Barista, em Santa Teresa, chama a atenção para alguns detalhes que podem cair bem em diferentes ocasiões. Além de tentar equilibrar o efeito da cafeína, escolher um tipo e um modo de preparo que tenha mais a ver também pode acabar influenciando no clima.
— Se você está apaixonado (a) por alguém, é apaixonado(a) por café e quer deixar essa pessoa impressionada com o café que você mesmo vai preparar e servir, compre uma cafeteira sifão, com design digno de laboratório de química. Nada poderá deixar alguém mais impressionado. Mas cuide também da qualidade do café e aprenda a usar o equipamento — recomenda Emílio, que promove atividades em torno do grão em seu espaço.
O especialista lembra que um dos nomes que o café recebia na Europa era ''a bebida dos negócios', por causa de seu poder de deixar atento, melhorar o raciocínio e ajudar na aprendizagem. Ainda segundo Emílio, pode-se dizer que não há movimento social, politico ou religioso, desde o século XV até os nossos dias, que não tenha sido acalentado em torno de uma xícara de café.
— Um bom café para esses momentos é o expresso curto — continua, indicando o mais forte, preparado com cerca de meia xícara de água e de sete a nove gramas do pó.
O café contem cafeína, um estimulante do sistema nervoso central. Os mais recomendados para quem quer se manter acordado são os de longa extração, como o café americano, o café duplo ou duplo expresso e o duplo curto. Mas o campeão "absoluto" em cafeína, na opinião de Emílio, é sem dúvida o café solúvel. Apesar do preparo simplificado, o que para os menos aficionados pode ser uma vantagem, não é este tipo que o especialista considera o melhor para começar o dia.
— Cada um tem uma forma de apreciar o seu café da manhã. O mais comum é o café coado — comenta, sugerindo a prensa francesa para a extração, por ser charmosa e estar na moda.
Rápidos e práticos devem ser os cafés para um coffee break, na visão do especialista. As cafeteiras expresso superautomáticas e algumas cafeteiras de sachê ou cápsula oferecem café com bom padrão de qualidade, avalia ele. Um café coado em uma cafeteira industrial (há modelos com sistema e design modernos no mercado) também pode ser uma boa pedida quando se trata de servir muitas pessoas.